Notando que a imagem do clube estava esquecida, em meados dos anos 90 houve uma junção ainda mais forte de marketing entre Pelé e o clube, onde jogos da Copa Conmebol e Mercosul eram anunciados com "chamadinhas" do Rei do Futebol, fazendo ainda mais a ligação do clube ao seu incrível jogador. Enquanto isso, o Corinthians sobrevivia de suas próprias pernas e, sua torcida já havia evoluido, em cerca de 30 anos, mais de 27%. Imprensa, Marketing e grandes empresas notaram que o Corinthians seria o grande trunfo brasileiro, o mercado a ser explorado e, não pensaram 2x: investiram em patrocínios, direitos em transmissões de jogos e uma série de outras ferramentas.
O Corinthians, mesmo sem ter a Libertadores da América, é o clube que gira maior capital financeiro da América do Sul e possui o maior patrocínio. Sem contar que sua cota de transmissões em Tv aberta e fechada é negociado com valores diferenciados que, por exemplo, são maiores 35% em relação à Santos e Palmeiras. Mesmo sem ter a Libertadores da América, quando foi rebaixado em 2007, aquele fatídico jogo contra o Grêmio gerou mais de 25 licenças de transmissão para outros países. E, desses 25%, cerca de 14% não eram transmissões fechadas.
O jogo foi transmitido para mais de 45 países, em tempo real, com mais importância do que o jogo do próprio Campeão Brasileiro, que ocorria no mesmo horário.
Ao ser (infelizmente) rebaixado, o Corinthians foi noticiado em 99% dos sites esportivos com destaque. E, o que mais chamou atenção foi o "The New York Times", que trazia a Manchete: "Futebol brasileiro perde sua maior força: Corinthians é rebaixado". Já na Série B, a cota de transmissões fechadas para o exterior, de jogos do Corinthians, aumentou 6,3% e, surpreendentemente, quando retornou à Série A, voltou logo com o maior patrocínio entre os clubes da divisão.
Ronaldo chegou para agregar sua imagem a uma já construída imagem de grande valor, a do Corinthians, que foi construída sem a necessidade da participação do Pelé. Isso tudo sem a Libertadores da América. O Corinthians, naquele momento, não precisaria do Ronaldo para se reerguer, pois ele nunca havia perdido sua força, mesmo com o rebaixamento. Mas, juntar a sua imagem a identidade de Ronaldo foi a melhor receita possível.
Como qualquer outro clube do mundo faria para sobreviver, já que nenhum clube brasileiro conseguiria sobreviver sem sustos se não fossem os patrocinadores etc. Mesmo sem a Libertadores da América, o Corinthians é considerado SIM um dos principais clubes do futebol nacional, mostrando claramente que sua grandeza não necessita ser medida através de títulos. Vocês, santistas, dizem que o Corinthians é time pequeno por não ter conquistado a Libertadores. Mas, se analisarmos friamente toda a história de ambos os clubes, nosso saldo ainda é positivo, mesmo vocês à nossa frente com 3 Libertadores, o que não os julga grandes por muito tempo.
Hoje vocês são a principal potência do futebol brasileiro, mas não são o principal clube. Existe diferença. E, se não mantiverem uma sequencia de títulos e não se valorizarem em termos de patrocinadores e imagens, o Pelé não poderá vos ajudar novamente.
Libertadores não é tudo.
O Independiente (ARG) é um dos maiores vencedores do torneio. Mas, quem se lembra dele mundialmente? Peço perdão aos santistas mas, o Corinthians não precisa desse torneio para ser um grande do futebol nacional. Nossa imagem está ligada a ela mesma, e não a uma taça. Isso é para as mentes menos evoluídas.
Somos grandes porque existimos, diferente de vocês, que existem para serem grandes, o que não os classifica como tals.
(FIM).
FONTE: Jeferson Marques. ( http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid